domingo, 21 de dezembro de 2008

Mais um ano...

A noite já vai longa.

Estou sentada em frente ao computador, a desbaratar ideias soltas, acompanhada por música triste, para não variar.

Tenho os pés gelados, os olhos a pesar.

Não me apetece dormir.

Mais do que não ter sono, simplesmente não me apetece dormir.

Quando não tenho sono, dá-me para escrever, para reflectir.

Pus-me a pensar em 2008. Um ano, no mínimo, cheio de coisas para contar. No mínimo, intenso. Considero-o um limbo. Uma estranha indecisão entre mau e não tão mau quanto isso . Entre o que aconteceu e o que devia ter acontecido; entre o que pensei para este ano e o que realmente se concretizou. Foi pautado por momentos marcantes, dos melhores que já vivi. Mas os maus momentos também se fizeram notar, estragando toda e qualquer pretensão de ser um bom ano.

Amizades feitas e desfeitas, acidentes de percurso, enganos de toda a espécie, visitas inesperadas (e indesejadas), (in)confidências, viagens e aventuras (ou desventuras). Como sempre, este foi o menu principal. É sempre este o menu a que nos sujeitamos. A diferença é que, este ano, o preço que paguei pela maior parte destes pequenos itens foi demasiado alto em relação ao que estava disposta a pagar. Mas não me arrependo de (quase) nada. Não me arrependo de ter investido nalgumas coisas. Noutras nem tanto... Mas faz tudo parte do processo de crescimento; de outra forma talvez não fizesse tanto sentido nem fosse tão importante...

Agora que 2008 já lá vai (ou está quase a fazer parte do passado), é de esperar que 2009 corra substancialmente melhor. Pior é quase impossível, but you never know...

Obama Time

It's Obama Time!

Will it be a good Time?

I hope so...

The World hope's so...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Kids - Para viciar

Ouço uma e outra vez.

Apetece-me dançar, sair do meu canto, ouvi-la alto e bom som.

Fica quase no repeat, até me fartar.

E depois... Depois volto a viciar-me novamente!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Efemeridades

Ontem apercebi-me do real significado da expressão: a vida é efémera. Ontem apercebi-me que tudo aquilo que sonhei, tudo aquilo que construí, se pode desvanecer em segundos, em meros instantes que fogem do nosso controlo, para não deixar sequer tempo para um último adeus, um último olhar. Ontem apercebi-me que se tivesse sido o último dia, o último de tão poucos (e que, no entanto, do alto da nossa sapiência, já nos parecem uma eternidade...), eu não teria tido oportunidade de dizer tanta coisa, fazer tanta coisa, lutar por tanta coisa.

Fiquei deveras incomodada com este facto... Apercebi-me que, em determinadas situações, o EU passa para segundo plano. Tudo o que está de certa forma ligado à nossa pessoa toma o papel principal, torna-se na condição major, passando a gerir tudo o que dizemos e fazemos naquele momento de sufoco. As proporções tomadas são de tal forma gigantes que só queremos um abraço para nos recompor, para poder sentir alguma segurança, e, em seguida, tentamos o tudo por tudo para perceber se está tudo bem, se poderá ficar tudo bem, se temos hipótese para mostrar a quem nos é importante o que realmente sentimos, de dizer tudo o que ficou por dizer, de pedir desculpa, de agradecer, de amar...

O tempo passa, a vida passa, escapando-nos entre os dedos... Cada momento vivido é só mais um pouco de efemeridade patente nas nossas vidas.

No fim ficou tudo bem, pelo menos fisicamente... Pode não ter acontecido nada de grave, mas marcou-me de uma forma que nunca pensei...

Ainda ouço o som... Julgo que ainda o vou ouvir por muito tempo...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Cheirinho a Natal

Já começo a sentir o cheirinho a Natal. Confesso que é por esta época que espero todo o ano. Não pelas prendas, não pelas férias, não pelo dia em si, mas antes pelo espírito que se vive nesta altura. E talvez o facto de fazer anos por estes dias também tenha a sua importância =P

Sabe bem andar na rua e passear entre a multidão de pessoas atarefadas e concentradas na sua vida, sentir o friozinho na cara e ter o aconchego de um cachecol quentinho, ver as decorações de Natal que enchem a cidade e que lhe dão um toque tão especial... Parar numa esplanada e bebericar um cafezinho enquanto ponho a conversa em dia. Ou simplesmente ficar em casa, acender a lareira e enroscar-me no sofá a ver um filme. Sem preocupações! Sem nada para me atazanar a cabeça! Fazer a árvore de Natal, embrulhar os presentes, preparar a consoada. É todo um ritual que adoro!

Nem toda a gente é assim. Há quem simplesmente não dê importância a esta época. Ou quem viva a época, mas não de uma forma tão marcada. Aproveitam apenas os 2 dias reservados para a família, e é quando o fazem na totalidade. Muitos outros ainda se aproveitam do Natal para fazer o lucro que não conseguiram fazer ao longo do ano. Mas este é o Natal moderno. Este é o nosso Natal. Alguém se lembra do porquê de celebrar esta data? A maior parte de nós nem sequer é religioso...

As pessoas estão mais felizes, mais esquecidas da crise, mas tudo o que é pensado para esta época, tudo o que imaginamos, tem de passar indubitavelmente por uma grande superfície comercial. Cada vez mais, Natal é sinónimo de consumismo. Na azáfama de encontrar o presente ideal, as pessoas esquecem-se de viver a época, de aproveitar ao máximo os dias em que, por força da tradição ou não, conseguem ter toda a família reunida, sem desculpas para fugir ou para não ficar para jantar. E os anúncios na televisão? Nos meses de Novembro e Dezembro deixa de haver pausas nos programas para compromissos comerciais: há antes pausas nos compromissos comerciais para que se possa falar um bocadinho da actualidade ou ocupar a cabeça com coisas para além de brinquedos, bonecos, consolas, jogos, toda uma panóplia de engenhocas que apenas querem dizer: gaste mais dinheiro, e verá que não se vai arrepender! Pelo menos não para já...

Mas isto tudo faz parte! Isto tudo é indissociável do Natal. E se assim não fosse, então não teria tanto significado e não traria tantas recordações, sejam elas boas ou más...