domingo, 21 de dezembro de 2008

Mais um ano...

A noite já vai longa.

Estou sentada em frente ao computador, a desbaratar ideias soltas, acompanhada por música triste, para não variar.

Tenho os pés gelados, os olhos a pesar.

Não me apetece dormir.

Mais do que não ter sono, simplesmente não me apetece dormir.

Quando não tenho sono, dá-me para escrever, para reflectir.

Pus-me a pensar em 2008. Um ano, no mínimo, cheio de coisas para contar. No mínimo, intenso. Considero-o um limbo. Uma estranha indecisão entre mau e não tão mau quanto isso . Entre o que aconteceu e o que devia ter acontecido; entre o que pensei para este ano e o que realmente se concretizou. Foi pautado por momentos marcantes, dos melhores que já vivi. Mas os maus momentos também se fizeram notar, estragando toda e qualquer pretensão de ser um bom ano.

Amizades feitas e desfeitas, acidentes de percurso, enganos de toda a espécie, visitas inesperadas (e indesejadas), (in)confidências, viagens e aventuras (ou desventuras). Como sempre, este foi o menu principal. É sempre este o menu a que nos sujeitamos. A diferença é que, este ano, o preço que paguei pela maior parte destes pequenos itens foi demasiado alto em relação ao que estava disposta a pagar. Mas não me arrependo de (quase) nada. Não me arrependo de ter investido nalgumas coisas. Noutras nem tanto... Mas faz tudo parte do processo de crescimento; de outra forma talvez não fizesse tanto sentido nem fosse tão importante...

Agora que 2008 já lá vai (ou está quase a fazer parte do passado), é de esperar que 2009 corra substancialmente melhor. Pior é quase impossível, but you never know...

Obama Time

It's Obama Time!

Will it be a good Time?

I hope so...

The World hope's so...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Kids - Para viciar

Ouço uma e outra vez.

Apetece-me dançar, sair do meu canto, ouvi-la alto e bom som.

Fica quase no repeat, até me fartar.

E depois... Depois volto a viciar-me novamente!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Efemeridades

Ontem apercebi-me do real significado da expressão: a vida é efémera. Ontem apercebi-me que tudo aquilo que sonhei, tudo aquilo que construí, se pode desvanecer em segundos, em meros instantes que fogem do nosso controlo, para não deixar sequer tempo para um último adeus, um último olhar. Ontem apercebi-me que se tivesse sido o último dia, o último de tão poucos (e que, no entanto, do alto da nossa sapiência, já nos parecem uma eternidade...), eu não teria tido oportunidade de dizer tanta coisa, fazer tanta coisa, lutar por tanta coisa.

Fiquei deveras incomodada com este facto... Apercebi-me que, em determinadas situações, o EU passa para segundo plano. Tudo o que está de certa forma ligado à nossa pessoa toma o papel principal, torna-se na condição major, passando a gerir tudo o que dizemos e fazemos naquele momento de sufoco. As proporções tomadas são de tal forma gigantes que só queremos um abraço para nos recompor, para poder sentir alguma segurança, e, em seguida, tentamos o tudo por tudo para perceber se está tudo bem, se poderá ficar tudo bem, se temos hipótese para mostrar a quem nos é importante o que realmente sentimos, de dizer tudo o que ficou por dizer, de pedir desculpa, de agradecer, de amar...

O tempo passa, a vida passa, escapando-nos entre os dedos... Cada momento vivido é só mais um pouco de efemeridade patente nas nossas vidas.

No fim ficou tudo bem, pelo menos fisicamente... Pode não ter acontecido nada de grave, mas marcou-me de uma forma que nunca pensei...

Ainda ouço o som... Julgo que ainda o vou ouvir por muito tempo...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Cheirinho a Natal

Já começo a sentir o cheirinho a Natal. Confesso que é por esta época que espero todo o ano. Não pelas prendas, não pelas férias, não pelo dia em si, mas antes pelo espírito que se vive nesta altura. E talvez o facto de fazer anos por estes dias também tenha a sua importância =P

Sabe bem andar na rua e passear entre a multidão de pessoas atarefadas e concentradas na sua vida, sentir o friozinho na cara e ter o aconchego de um cachecol quentinho, ver as decorações de Natal que enchem a cidade e que lhe dão um toque tão especial... Parar numa esplanada e bebericar um cafezinho enquanto ponho a conversa em dia. Ou simplesmente ficar em casa, acender a lareira e enroscar-me no sofá a ver um filme. Sem preocupações! Sem nada para me atazanar a cabeça! Fazer a árvore de Natal, embrulhar os presentes, preparar a consoada. É todo um ritual que adoro!

Nem toda a gente é assim. Há quem simplesmente não dê importância a esta época. Ou quem viva a época, mas não de uma forma tão marcada. Aproveitam apenas os 2 dias reservados para a família, e é quando o fazem na totalidade. Muitos outros ainda se aproveitam do Natal para fazer o lucro que não conseguiram fazer ao longo do ano. Mas este é o Natal moderno. Este é o nosso Natal. Alguém se lembra do porquê de celebrar esta data? A maior parte de nós nem sequer é religioso...

As pessoas estão mais felizes, mais esquecidas da crise, mas tudo o que é pensado para esta época, tudo o que imaginamos, tem de passar indubitavelmente por uma grande superfície comercial. Cada vez mais, Natal é sinónimo de consumismo. Na azáfama de encontrar o presente ideal, as pessoas esquecem-se de viver a época, de aproveitar ao máximo os dias em que, por força da tradição ou não, conseguem ter toda a família reunida, sem desculpas para fugir ou para não ficar para jantar. E os anúncios na televisão? Nos meses de Novembro e Dezembro deixa de haver pausas nos programas para compromissos comerciais: há antes pausas nos compromissos comerciais para que se possa falar um bocadinho da actualidade ou ocupar a cabeça com coisas para além de brinquedos, bonecos, consolas, jogos, toda uma panóplia de engenhocas que apenas querem dizer: gaste mais dinheiro, e verá que não se vai arrepender! Pelo menos não para já...

Mas isto tudo faz parte! Isto tudo é indissociável do Natal. E se assim não fosse, então não teria tanto significado e não traria tantas recordações, sejam elas boas ou más...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Saudades, ou falta delas...

Eu sinto saudades, não vou mentir, não vou dizer que não. Mas às vezes é preciso cortar com o passado para poder seguir em frente, para poder voltar a ter algo por que lutar. 

Principalmente quando nos magoa, o que já vivemos deve ser deixado para segundo plano; devemos apenas guardar a lição que aprendemos, para não cairmos na mesma tentação duas vezes. Quando nos deixamos invadir novamente pelo passado, por vezes as coisas tornam-se confusas, temos um turbilhão de ideias e sentimentos ao mesmo tempo, e não conseguimos discernir e perceber qual o seu real significado. Há assuntos que pensamos estar já mais que enterrados mas, como quem não quer a coisa, voltam muitas vezes para nos assombrar, pondo em causa o que já tinhamos deixado de questionar. E aí, todo o esforço que fizemos, todo o exercício mental que executámos, vai por água abaixo, e sentimo-nos a resvalar de novo...

Pensava que já tinha ultrapassado o passado, mas bastou-me ter um vislumbre do mesmo para relembrar tudo o que se passou... =(

domingo, 2 de novembro de 2008

@ Cibeme

Inicialmente eram 3, pareceram 10, mas foram 5. Cinco dias maravilhosos que tão cedo não esquecerei! Recheados de charadinhas, é certo, mas também cheios de bons momentos que aproximaram um grupo quase improvável de pessoas... 

Fizemos tudo, passámos por muito! Mas apoiámo-nos e soubemos lidar com todas as situações menos boas de uma forma bastante positiva. Fortalecemos muitos laços, criámos outros tantos. Ainda ontem voltámos à realidade, e já temos vontade de repetir, de fazer tudo outra vez! Adorei o espírito, adorei a cidade, adorei a viagem e, acima de tudo, adorei as pessoas. Miss them already...

Só faltaram mesmo as sopinhas da mamã e a frutinha, mas isso é outra história =P

Details In The Fabric

Obrigada por ma teres mostrado =)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Crónica da Estação dos Correios

Tanto silêncio nesta casa e tanta voz que me fala. Da janela vejo as mulheres que sobem a rua levando os sacos do supermercado. A rua é inclinada e elas devagarinho passeio acima, com os tendões dos braços saídos, os tendões do pescoço saídos, o cabelo a tremer. Porque razão me comovem na manhã suja, outonal, de setembro? As árvores começam a perder as folhas, pombos por aqui e por ali, vários cinzentos feios nas nuvens. Um par de homens a consertarem não sei quê num buraco. Deve ser isto o que as pessoas chamam vida e, se é isto, que miséria: ninguém sorri. Tenho de ir aos Correios buscar livros da América, de França, do raio que o parta: tira-se um papelinho com um número, espera-se entre gente que espera. Da última vez tirei o número 65, ia a procissão no 12. Fico séculos para ali, a olhar.

Espera-se para tudo, somos feitos não de carne, de paciência, se calhar já nascemos com um papelinho na mão.

Retire aqui o seu bilhete e aguarde a sua vez. Aguardo a minha vez. Desde que me conheço que aguardo a minha vez. A minha vez de quê? E lá fora uma chuvinha sem peso. Um princípio não bem de frio, de desconforto.

António Lobo Antunes

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Poderia...

Poderia ser num toque.
De mãos, de lábios.
Um toque de cumplicidade
Dos nossos corpos sábios.

Poderia ser num grito.
De desespero, de aflição.
Um grito do fundo
Da nossa alma sem perdão.

Poderia ser num olhar.
De denuncia, de entendimento.
Um olhar de céu
Do nosso carregado pensamento.

Poderia ser num gesto.
De suavidade, de violência.
Um gesto de lavado
Do nosso ego em evidência.

Poderia ser num toque,
Mas nunca me tocaste.
Poderia ser num grito,
Mas nunca me gritaste.
Poderia ser num olhar,
Mas nunca me olhaste.
Poderia ser num gesto,
Mas nunca me mimaste...

Mas sem ti ficar
Significa ver-te sem mim,
Nem ao de leve te poder tocar,
Significa que apenas te vou olhar
Ao longe, com alguém
Que não eu, um ninguém...

Poderíamos ser o que nunca fomos,
Sairmos do que somos,
Poderia ser-nos permitido
Uma das coisas que à vida dá mais sentido:
O amor puro e desmedido,
Do qual o coração é um aprendiz...

[adaptação]

Silêncio

Fechei todas as janelas e portas para não voltares a entrar. Para ninguém entrar. Mas há aquela pessoa que vem quando quiser. Vem sem ser esperada e por isso fica. Depois disto, há sempre aquela pessoa...

Se há uma voz que dói
É a do silêncio,
É aquela que te recolhe e mói
O rosto fraco do pensamento.

Do silêncio e da dor,
Sobra pouco, sobra nada,
Sobra pouco amor,
Sobra nada de mim.

É tempo de silêncio,
De inspiro profundo,
De dor,
De pouco,
De deixar levar-se no tempo...
[algures na blogosfera]

SANTANA!!!!!!

A semana de praxes está a chegar ao fim... Este ano tive o prazer de colaborar com o Mui Nobre Grémio Académico da FCML na organização desta semana espectacular! =) Espero em breve poder integrar esta grande família que, ano após ano, recebe a caloirada e permite que a faculdade seja desmistificada e Medicina não pareça um bicho de 7 cabeças (embora, hoje em dia, essa ideia ainda me passe de vez em quando pela cabeça =P lool). Já agora, encontrei este texto no fórum de Santana, e achei que descreve exactamente o que senti enquanto caloira e o que ainda hoje recordo com um sorriso nos lábios...

Depois de um fim-de-semana de pura alegria em que festejaram o cumprir do principal objectivo da sua vida, rumam a Lisboa para se matricularem no curso dos seus sonhos. Detêm-se em frente da belíssima fachada do edifício do Campo de Santana, respiram fundo e passam pela grande porta de entrada. São imediatamente recebidos por uma vasta comitiva de veteranos e doutores* que, no seu porte elegante de gente sábia, tratam de meter os caloiros à vontade. É aí que se travam os primeiros conhecimentos no meio académico. É, por vezes, nessa altura, que se fazem amizades que irão perdurar durante os seis anos que se seguem ou, quiçá, para o resto da vida. Entretanto, começam as aulas e, com elas, a semana de praxes, pela qual todos os estudantes esperam ansiosamente. Os caloiros, inicialmente assustados com a grandiosidade do meio e a possibilidade de virem a ser humilhados em público, rapidamente se libertam dos seus preconceitos e se juntam à festa da praxe em que não existe humilhação, mas sim puro convívio. Acaba-se a semana de praxes, começa o estudo. Os caloiros são bombardeados com uma densidade de informação sem precedentes no seu inocente percurso escolar. Olham para os calhamaços que têm à frente e tentam a todo o custo decorar todas as palavras escritas sobre o osso frontal. Um caloiro olha desesperadamente para mim e pergunta: “Os outros ossos são assim tão difíceis?”. Eu sorrio, pousando a minha mão sobre o seu ombro, e digo: “Bem-vindo à Faculdade de Ciências Médicas! Aqui começa a tua vida!”. =)

domingo, 5 de outubro de 2008

Pleeeeaseee, don't vote!!! This is a Riot!!!!

Psicologia Inversa: Para quê votar se está tudo como gostamos? Ou então não...

Darfur?

Drugs?

Global Warming?

Wars?

I don't know what the fuck that is, that sounds like a t-shirt company to me...

domingo, 28 de setembro de 2008

Gosto!

Gosto de me levantar e gritar para as minhas quatro paredes 'Good Morning Vietname!', olhar para a desarrumação crónica do meu quarto e nem sequer pensar em tirá-lo da guerra... ver o despertador e perceber que afinal tinha mais dois minutos para dormir e, em vez de ficar chateada, rir à gargalhada e toca a levantar!

Gosto de festas, de sair, de me divertir sem ter hora para voltar, sem ter ninguém a controlar. Gosto de ficar enroscada numa manta em dias de inverno chuvoso, a observar a lareira, e se a companhia for a ideal ainda melhor! Gosto de pessoas, de conversas, de trocadilhos, de piadas, de recordações, principalmente as arrancadas em momentos inesperados e de uma forma espontânea. Gosto que impliquem comigo e pensar 'não quero saber', de ignorar as vozes irritantes que teimam em querer estragar o meu dia. Gosto que a boa disposição reine à minha volta, que o tempo passe sem tempos mortos, sem silêncios sepulcrais, permitindo saborear os bons momentos e deixando que novos laços se criem. Gosto dos cafés ao final da tarde e dos olhares trocados numa qualquer esquina com quem nos compreende, das peripécias e tumultos que um mero passeio pela baixa nos traz e do facto de adorar ter o meu espaço e o meu tempo.

Gosto de poder fazer as coisas como quero, como acho que estão certas, mas também gosto que me digam quando estou a errar e a pôr para trás algo de importante. Gosto de uma noite especial cheia de estrelas e de uma lua cintilante, mas também de um dia solarengo e recheado de surpresas e special gifts. Gosto de música, de ligar o meu ipod em qualquer altura, em qualquer lugar, e ficar no meu cantinho a curti-la, a poder descobrir novas formas de cantar a vida.

Gosto de passear em Lisboa, no meio da multidão, no rebuliço do dia-a-dia, de chocar com pessoas de quem gosto e que não vejo há séculos e ficar feliz por tê-lo feito. Gosto de pegar no carro e num grupo de amigos e conduzir à deriva, sem destino, só para passar o tempo, cantarolar os últimos sucessos da rádio e rir das nossas figuras hediondas e tão politicamente incorrectas. Gosto de viajar, de ver novos sítios, conhecer novas culturas, perceber o quão rico é o mundo e que não nos podemos cingir à nossa bolhinha! E gosto que me acompanhem nestas descobertas!

Gosto simplesmente porque gosto. Gosto porque gosto da vida. Gosto porque gosto de viver!!! =)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Projecto 10 elevado a 100

... a Google lançou o Projecto 10 elevado a 100. O objectivo é reunir "ideias para mudar o mundo ajudando o maior número de pessoas possível". As 5 ideias que ajudem mais pessoas terão ao seu dispor um orçamento de 10 MILHÕES (!!!!) de dólares que ajudarão a levá-las para a frente.

Alguém tem alguma ideia?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Palhaços...

Triste. Um palhaço triste.

Imagem confusa, que põe em causa a definição de palhaço que conhecemos. Pensamos sempre em alguém feliz, de bem com a vida, e que transmita uma alegria imensa a quem o observa. Não, talvez não...

Por dentro, o palhaço pode estar triste, amargurado, desfeito. Mas não o pode demonstrar. Não pode fraquejar nem desiludir o seu público. Tem de ser forte, de conseguir, nem que seja apenas por algumas horas, mostrar que está tudo bem, que os infortúnios não lhe batem à porta. Tem de dizer a quem o escuta que a tristeza não pode ter lugar cativo no seu dia-a-dia. Mas e a ele? Alguém lhe diz que tudo vai correr bem? Não, talvez não...

Já tantas vezes se repreendeu por ser demasiado racional e optimista perante os outros, mas a dificuldade em exteriorizar os seus sentimentos (e não os da imagem que faz transparecer) falou sempre mais alto. Embora imprima sempre algo de si durante o espectáculo, a realidade que mais o perturba é escondida, é retirada do guião. Esta fachada, esta forma de lidar com os problemas, não é necessariamente a ideal, mas é a realidade que ele conhece; a realidade em que ele quer acreditar para não se magoar. Nega a si próprio a felicidade por inteiro com medo do sofrimento, da desilusão. Faz sempre o contrário do que acredita e costuma aconselhar, do que sabe que tem de fazer; mal tira a maquilhagem, quando já despiu a alegria e a euforia, volta a ser a pessoa, o homem comum, o errante, e como tal tem de lidar com os seus fantasmas e preocupações, muitas vezes sozinho, quase sempre sem sucesso...

Ah… Mas isso é tão humano... Quantos de nós já dissemos: esquece isso, segue em frente, luta por aquilo, faz o que está certo. Mas quando nos toca a nós, bem, isso já é outra coisa! Fazemos quase sempre o que dizemos aos outros para não fazerem, muitas vezes nem fazemos nada! Mas é sempre tão mais fácil falar... No fundo somos todos meio palhaços...

Não perco tempo com lamechices e raramente me permito chorar uma dor. Não dou muita confiança à tristeza, para que ela não se instale, mas não vejo isso como uma qualidade... MLG

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Finaly Free =D

Já está!!!! Já fiz o temido exame e ... PASSEI!!!!! Que alívio, que peso que tirei de cima... Obrigada pela força =D Agora é entrar no 3º ano com o pé direito!!! E com umas praxezitas pelo caminho =P Muahahahaha xD

domingo, 14 de setembro de 2008

Imaginário

Por vezes, o nosso imaginário leva-nos até mundos que nunca sonhámos conhecer, dota-nos de capacidades que nunca sonhámos ter, imprime-nos poderes que nunca sonhámos possuir. É através dele que nos libertamos e personificamos pessoas que gostaríamos de ser, executamos actividades que gostaríamos de realmente desempenhar e somos amados por quem luxuriosa e secretamente desejamos. O objecto do nosso desejo torna-se então atingível, passível de ser alcançado.

Este imaginário, aquele (praticamente) impossível de ser transposto para a realidade, consegue manter-nos vivos e permite-nos acreditar que a vida ainda nos poderá fazer tropeçar em muitas surpresas: umas que ansiamos, outras sob a forma de presentes envenenados, qual injecção rápida e eficaz de retorno à realidade, à condição de meros aspirantes a Seres felizes.

Ninguém nos ensina a sonhar. Somos nós que, aos poucos, nos vamos apercebendo do quão aliciante é a vida e do que podemos fazer para a tornar melhor e mais atractiva. A perfeição não existe, mas é preciso querermos sempre mais, querermos atingir um novo patamar. É preciso sabermos que podemos ter mais, que podemos ser mais, que nos podemos reinventar!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O meu (pouco) estudo

Tenho tentado estudar.
Tentar é a palavra certa, pois a vontade e a concentração têm sido muito poucas... Eu bem tento, mas o meu pensamento voa sempre numa outra direcção...

E o pior de tudo é que, a cada dia que passa em que os objectivos não foram cumpridos, eu penso que ainda tenho tempo! Ainda irei conseguir recuperar o tempo perdido! Mas revela-se sempre uma tarefa inglória, que torna os últimos dias de estudo, a véspera, um sufoco, uma tentativa desenfreada de recuperar o que já não tem recuperação possível! Realmente estudar sob pressão permite aumentar a concentração e a velocidade de estudo (aliás, fazer qualquer coisa sob pressão, pelo menos comigo, acaba por resultar melhor), mas geralmente isso só acontece quando já é tarde, quando já não há nada a fazer, quando desejamos ter acordado mais cedo! E a isto junta-se uma matéria com a qual nunca me dei muito bem...

Oxalá passe depressa. Oxalá a motivação consiga suplantar a inércia que sinto ao olhar para os livros, para aqueles livros...

A.L.A.

Vivo só. Não me custa. Quer dizer às vezes, à noite, custa, mas faz de conta que não custa. Ando a escrever um livro que não faço a menor ideia quando acabarei: são tão difíceis as palavras e demorei anos a dar conta disso. Ao princípio era canja. Até a gente perceber que há uma diferença entre escrever bem e escrever mal: então começa a angústia. Um pouco mais tarde percebe-se que há uma diferença, ainda maior, entre escrever bem e obra-prima: então a aflição é completa...
António Lobo Antunes

domingo, 31 de agosto de 2008

Eu NÃO fui!

Encontrei o meu lindo (e dispendioso xD) bilhete para o Rock in Rio! Sim, o festival de música a que (quase) toda a gente foi menos eu, porque perdi o bilhete... em casa! =S
Ainda pensei em vendê-lo ou dá-lo a um amigo, mas isso foi antes de me aperceber que ele tinha desaparecido do mapa!

Aqui está a prova. Ainda tenho (alguma) lucidez! Eu sabia que ele estava cá em casa (embora muito boa gente duvidasse da minha cabecinha, sabe-se lá porquê =P), agora onde...

Enfim, para a próxima lembrem-me de dizer a alguém o lugar seguro onde guardo estas coisas =P

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Seguir em frente

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: os seus pais, os seus amigos, os seus filhos, os seus irmãos, todos estarão a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir em frente, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que lhe devolvam algo, não espere que reconheçam o seu esforço, que descubram o seu génio, que entendam o seu amor. Pare de ligar a sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso apenas o envenenará, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e transforme-se em quem é.

Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te:Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!
Fernando Pessoa
Tão antigo, mas tão actual...
Por vezes, as pessoas embrenham-se de tal forma nos seus problemas e contratempos que se esquecem de viver...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

I don't wish to be everything to everyone, but I would like to be something to someone.
Javan
=S

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Perfect 10

E já que abri este tópico, decidi postar a fantástica exibição da menina prodígio da ginástica. Para ser sincera, nunca tinha visto este vídeo, mas é algo que consegue deixar qualquer um sem palavras! Sabe bem abrir o bauzinho dos velhos tempos...

Ouro em Pequim

Tenho-me abstido de comentar, mas hoje não posso evitar! Finalmente Portugal conseguiu uma medalha de ouro nestes Jogos Olímpicos =) O Nélson Évora merece, sem dúvida, este prémio por todo o trabalho que tem vindo a desenvolver. Parabéns!!!

São parcas as condições oferecidas aos desportistas, mesmo aos atletas de alta competição (à excepção do futebol, claro...). E quando falo em condições, não me refiro apenas aos aspectos monetários, embora estes também deixem muito a desejar... Só acho que o governo devia financiar e promover o desporto de uma forma diferente, de uma forma que incentive os mais novos a praticar uma actividade que os ajude a descomprimir e a esquecer o seu mundo durante umas horas. Falo com conhecimento de causa, e sei o que muito me custou ver uma equipa ter o seu fim por falta de apoios! Enfim... Também não se poderia esperar muito de um governo que nem na educação e na saúde sabe investir correctamente!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

RedShoes

Quando ouvi esta música pela primeira vez deliciei-me! É deprê, sim sr, mas por aí logo se vê que seria uma das minhas músicas de eleição xD A Ritinha tem uma voz diferente, límpida! Sem dúvida um dos grandes talentos portugueses.

Espero que gostem =D

Don't wanna hear I wanna fight, 'cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time, asking where do I belong
So let me know your love is real, 'cause this time you won't control
Tell me please what do you feel, do I have to save your soul

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Hetero, homo, bi... e então?

A diferença apenas existe na nossa cabeça. O verdadeiro Eu das pessoas que nos rodeiam não está patente na sua cor, no seu corpo, na sua opção sexual. Reside antes no seu interior.

Porquê discriminar alguém que sente como nós, ri como nós, chora como nós, ama como nós? Ninguém escolhe por quem se apaixona. Eu posso apaixonar-me por homens, tu por mulheres, mas o teu amigo pode apaixonar-se por pessoas do mesmo sexo e a tua amiga por pessoas, independentemente se estas são X ou Y! E isso faz deles piores pessoas? Evidentemente que não!

Hoje em dia não se justifica a ignorância que reina na população em relação ao assunto "orientação sexual", mesmo em camadas mais jovens. Doença? Mas quem foi a alminha (mal) iluminada que caracterizou desta forma a homossexualidade?

Embora muitos tentem negá-lo, a homossexualidade não é um facto do século XX. Pelo contrário, sempre esteve presente ao longo da História. Basta focarmo-nos na Grécia Antiga, onde era banal o que hoje em dia é tabu! Mas a História é assim: tem períodos de grande evolução, e outros de uma incrível regressão!

Sempre fui educada para aceitar as pessoas como são. Não é preciso gostar, basta aceitar, ficando depois ao nosso critério relacionarmo-nos ou não com determinadas personagens. É no entanto impossível ficar indiferente a certas atitudes prepotentes e narcisistas dos auto-intitulados Senhores (vulgos machões) e Senhoras da nossa sociedade de brandos costumes, que se gaba de ser política e socialmente correcta. É que este país tem apenas um verniz, um frágil disfarce para lidar com a homossexualidade. A tolerância pública - e em presença - quer dar ares de modernidade (e às vezes consegue), mas as conversas pelas costas denunciam a chacota, o gozo e o desrespeito com recurso ao uso de jargões clássicos. Os sinais da tolerância podem ser tão discriminatórios...

Adoro as pessoas que dizem "eu até tenho um amigo gay", como se isso quisesse dizer que são modernas. Como se isso mostrasse que são bondosas e condescendentes. Como se a discriminação que existe não passasse por elas, porque, afinal, elas nem discriminam ninguém. Faz lembrar aquela do "eu não sou racista, até tenho amigos pretos".

Há dias estava a ler uma crónica e achei este excerto deveras interessante:
Um desses gays, que tem um filho da idade do meu, veio cá à festa de anos dele. Mas pedi-lhe que não trouxesse o namorado. Estavam cá os meus sogros e, já se sabe, não percebem ainda muito bem estas coisas.

O Mundo está cheio de sogros. É por causa deles que as coisas não andam para a frente! E se o seu sogro fosse gay? Aí seria a nora ou o genro a fazer o papel de sogro...

Já é tempo de pensar neste assunto de uma forma diferente, sem tabus, encarando-o como uma realidade, e não como um problema ou disfunção!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

I See the World Through You...

Gostei! Gostei de te ver cantar para nós, para mim... As letras dizem tudo e a melodia é linda... Esta música diz tudo! Para repetir, sem dúvida =)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sabes?

Sabes, a vida dá voltas, surpreende-nos, muda-nos quando menos esperamos.
Julgamos que sabemos quem somos, o que procuramos, o que queremos. Se nos vemos despidos de nós próprios somos apenas vultos que vagueiam, sem porto seguro, sem uma âncora que nos prenda ao mundo.
Vivemos como se a vida fosse eterna, dia após dia fazemos empiricamente o que nos ensinaram que deviamos fazer, sem ousar nem inovar. Não fazemos apenas o que sentimos que devemos fazer. Somos manipulados pela sociedade, a mesma sociedade preconceituosa e xenófoba que nos vira as costas ao mínimo erro, ao mínimo acto estritamente humano.
Tento acreditar que isto não é assim tão óbvio, tão generalista, mas por vezes é difícil...
Sabes, dás-me força para continuar a ser eu própria.
Sabes, eu tento ser eu própria. E tu?

domingo, 3 de agosto de 2008

Feast of Love

Um dos filmes mais tristes que já vi... Mas um dos meus preferidos!

Fala da vida, de pessoas. Fala de amor! De todos os tipos de amor.
E a música é espectacular!
Espero que gostem...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tempo

O tempo é o que fazemos dele.
Breves instantes, alguns minutos, horas intermináveis, perdemos a noção dos dias, dos anos, da vida. Vemos uma bateria de emoções desfilar perante nós enquanto espectadores, enquanto meros peões. E depois, o que fica? Ficam as memórias. A lembrança do que fizemos e do que deixámos por fazer. A satisfação ou mesmo a frustração. A ideia de que poderiamos ter feito mais e melhor.
Despertar é difícil, mas quando o fazemos sabe tão bem...! Basta que seja na altura certa, no tempo certo! Basta querermos! Basta termos tempo! Ainda temos tempo!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Save Darfur

Darfur... Doi ver tanto egoísmo e tanta presunção quando há pessoas a morrer com falta de vacinas, com falta de comida, com falta de atenção... É inadmissível esta situação. E é incrivel pensar que há pessoas que vêem este inferno e permanecem imutáveis, indiferentes... Há quem precise de nós de uma forma que não conseguimos sequer imaginar... Dá que pensar!