domingo, 28 de setembro de 2008

Gosto!

Gosto de me levantar e gritar para as minhas quatro paredes 'Good Morning Vietname!', olhar para a desarrumação crónica do meu quarto e nem sequer pensar em tirá-lo da guerra... ver o despertador e perceber que afinal tinha mais dois minutos para dormir e, em vez de ficar chateada, rir à gargalhada e toca a levantar!

Gosto de festas, de sair, de me divertir sem ter hora para voltar, sem ter ninguém a controlar. Gosto de ficar enroscada numa manta em dias de inverno chuvoso, a observar a lareira, e se a companhia for a ideal ainda melhor! Gosto de pessoas, de conversas, de trocadilhos, de piadas, de recordações, principalmente as arrancadas em momentos inesperados e de uma forma espontânea. Gosto que impliquem comigo e pensar 'não quero saber', de ignorar as vozes irritantes que teimam em querer estragar o meu dia. Gosto que a boa disposição reine à minha volta, que o tempo passe sem tempos mortos, sem silêncios sepulcrais, permitindo saborear os bons momentos e deixando que novos laços se criem. Gosto dos cafés ao final da tarde e dos olhares trocados numa qualquer esquina com quem nos compreende, das peripécias e tumultos que um mero passeio pela baixa nos traz e do facto de adorar ter o meu espaço e o meu tempo.

Gosto de poder fazer as coisas como quero, como acho que estão certas, mas também gosto que me digam quando estou a errar e a pôr para trás algo de importante. Gosto de uma noite especial cheia de estrelas e de uma lua cintilante, mas também de um dia solarengo e recheado de surpresas e special gifts. Gosto de música, de ligar o meu ipod em qualquer altura, em qualquer lugar, e ficar no meu cantinho a curti-la, a poder descobrir novas formas de cantar a vida.

Gosto de passear em Lisboa, no meio da multidão, no rebuliço do dia-a-dia, de chocar com pessoas de quem gosto e que não vejo há séculos e ficar feliz por tê-lo feito. Gosto de pegar no carro e num grupo de amigos e conduzir à deriva, sem destino, só para passar o tempo, cantarolar os últimos sucessos da rádio e rir das nossas figuras hediondas e tão politicamente incorrectas. Gosto de viajar, de ver novos sítios, conhecer novas culturas, perceber o quão rico é o mundo e que não nos podemos cingir à nossa bolhinha! E gosto que me acompanhem nestas descobertas!

Gosto simplesmente porque gosto. Gosto porque gosto da vida. Gosto porque gosto de viver!!! =)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Projecto 10 elevado a 100

... a Google lançou o Projecto 10 elevado a 100. O objectivo é reunir "ideias para mudar o mundo ajudando o maior número de pessoas possível". As 5 ideias que ajudem mais pessoas terão ao seu dispor um orçamento de 10 MILHÕES (!!!!) de dólares que ajudarão a levá-las para a frente.

Alguém tem alguma ideia?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Palhaços...

Triste. Um palhaço triste.

Imagem confusa, que põe em causa a definição de palhaço que conhecemos. Pensamos sempre em alguém feliz, de bem com a vida, e que transmita uma alegria imensa a quem o observa. Não, talvez não...

Por dentro, o palhaço pode estar triste, amargurado, desfeito. Mas não o pode demonstrar. Não pode fraquejar nem desiludir o seu público. Tem de ser forte, de conseguir, nem que seja apenas por algumas horas, mostrar que está tudo bem, que os infortúnios não lhe batem à porta. Tem de dizer a quem o escuta que a tristeza não pode ter lugar cativo no seu dia-a-dia. Mas e a ele? Alguém lhe diz que tudo vai correr bem? Não, talvez não...

Já tantas vezes se repreendeu por ser demasiado racional e optimista perante os outros, mas a dificuldade em exteriorizar os seus sentimentos (e não os da imagem que faz transparecer) falou sempre mais alto. Embora imprima sempre algo de si durante o espectáculo, a realidade que mais o perturba é escondida, é retirada do guião. Esta fachada, esta forma de lidar com os problemas, não é necessariamente a ideal, mas é a realidade que ele conhece; a realidade em que ele quer acreditar para não se magoar. Nega a si próprio a felicidade por inteiro com medo do sofrimento, da desilusão. Faz sempre o contrário do que acredita e costuma aconselhar, do que sabe que tem de fazer; mal tira a maquilhagem, quando já despiu a alegria e a euforia, volta a ser a pessoa, o homem comum, o errante, e como tal tem de lidar com os seus fantasmas e preocupações, muitas vezes sozinho, quase sempre sem sucesso...

Ah… Mas isso é tão humano... Quantos de nós já dissemos: esquece isso, segue em frente, luta por aquilo, faz o que está certo. Mas quando nos toca a nós, bem, isso já é outra coisa! Fazemos quase sempre o que dizemos aos outros para não fazerem, muitas vezes nem fazemos nada! Mas é sempre tão mais fácil falar... No fundo somos todos meio palhaços...

Não perco tempo com lamechices e raramente me permito chorar uma dor. Não dou muita confiança à tristeza, para que ela não se instale, mas não vejo isso como uma qualidade... MLG

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Finaly Free =D

Já está!!!! Já fiz o temido exame e ... PASSEI!!!!! Que alívio, que peso que tirei de cima... Obrigada pela força =D Agora é entrar no 3º ano com o pé direito!!! E com umas praxezitas pelo caminho =P Muahahahaha xD

domingo, 14 de setembro de 2008

Imaginário

Por vezes, o nosso imaginário leva-nos até mundos que nunca sonhámos conhecer, dota-nos de capacidades que nunca sonhámos ter, imprime-nos poderes que nunca sonhámos possuir. É através dele que nos libertamos e personificamos pessoas que gostaríamos de ser, executamos actividades que gostaríamos de realmente desempenhar e somos amados por quem luxuriosa e secretamente desejamos. O objecto do nosso desejo torna-se então atingível, passível de ser alcançado.

Este imaginário, aquele (praticamente) impossível de ser transposto para a realidade, consegue manter-nos vivos e permite-nos acreditar que a vida ainda nos poderá fazer tropeçar em muitas surpresas: umas que ansiamos, outras sob a forma de presentes envenenados, qual injecção rápida e eficaz de retorno à realidade, à condição de meros aspirantes a Seres felizes.

Ninguém nos ensina a sonhar. Somos nós que, aos poucos, nos vamos apercebendo do quão aliciante é a vida e do que podemos fazer para a tornar melhor e mais atractiva. A perfeição não existe, mas é preciso querermos sempre mais, querermos atingir um novo patamar. É preciso sabermos que podemos ter mais, que podemos ser mais, que nos podemos reinventar!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O meu (pouco) estudo

Tenho tentado estudar.
Tentar é a palavra certa, pois a vontade e a concentração têm sido muito poucas... Eu bem tento, mas o meu pensamento voa sempre numa outra direcção...

E o pior de tudo é que, a cada dia que passa em que os objectivos não foram cumpridos, eu penso que ainda tenho tempo! Ainda irei conseguir recuperar o tempo perdido! Mas revela-se sempre uma tarefa inglória, que torna os últimos dias de estudo, a véspera, um sufoco, uma tentativa desenfreada de recuperar o que já não tem recuperação possível! Realmente estudar sob pressão permite aumentar a concentração e a velocidade de estudo (aliás, fazer qualquer coisa sob pressão, pelo menos comigo, acaba por resultar melhor), mas geralmente isso só acontece quando já é tarde, quando já não há nada a fazer, quando desejamos ter acordado mais cedo! E a isto junta-se uma matéria com a qual nunca me dei muito bem...

Oxalá passe depressa. Oxalá a motivação consiga suplantar a inércia que sinto ao olhar para os livros, para aqueles livros...

A.L.A.

Vivo só. Não me custa. Quer dizer às vezes, à noite, custa, mas faz de conta que não custa. Ando a escrever um livro que não faço a menor ideia quando acabarei: são tão difíceis as palavras e demorei anos a dar conta disso. Ao princípio era canja. Até a gente perceber que há uma diferença entre escrever bem e escrever mal: então começa a angústia. Um pouco mais tarde percebe-se que há uma diferença, ainda maior, entre escrever bem e obra-prima: então a aflição é completa...
António Lobo Antunes